O que é mais caro: morar numa grande cidade brasileira ou viver viajando por vários países? A resposta é uma surpresa. Descubra neste artigo, quanto custa ser um Nômade Digital.
Virar nômade digital é o sonho de muita gente. Trata-se da prática de morar em diferentes países enquanto se exerce uma atividade profissional online.
O que pode ser melhor do que viver viajando?
Para a maioria das pessoas, no entanto, a possibilidade de conhecer dezenas de países ao longo da vida parece ser um projeto muito difícil de realizar.
Quem tem um emprego convencional precisa trabalhar um ano inteiro para ter a oportunidade de fazer uma viagem internacional. E só consegue viajar caso consiga economizar um bom dinheiro – o que não é fácil no Brasil, país em que o custo de vida é altíssimo e os salários nem tanto.
Planejamento é o segredo do Nômade Digital
Por que viajar sai tão caro?
Simples. Porque as viagens de férias representam custos extras para quem tem moradia fixa. Enquanto a pessoa está viajando, as contas continuam chegando – aluguel, condomínio, impostos, plano de saúde, escola das crianças.
Além do mais, quem esperou o ano inteirinho pelas férias faz questão de desfrutar ao máximo da experiência. Escolhe bons hotéis, restaurantes dignos de fotos no Instagram, passeios badalados.
Não é à toa que um mês de férias costuma provocar rombos no orçamento. Por essa mesma lógica, passar o tempo todo viajando custaria uma fortuna, certo? Os nômades digitais têm que ser ricos, só pode ser.
Errado! Com um bom planejamento, viajar pelo mundo pode ser mais barato do que manter uma casa ou um apartamento numa grande cidade brasileira.
Vamos entender como isso é possível?
Chega de boletos!
Comece colocando no papel todos os custos fixos que você tem. Prestação da casa própria, aluguel, condomínio, IPTU, energia elétrica, água, gás, telefone, internet, faxina, parcela do carro, plano de saúde, escola particular, mensalidade do clube, tudo.
Agora faça a soma. Quanto você deixaria de gastar por mês se não tivesse essas despesas fixas?
Em seguida, imagine que você vai se desfazer do seu patrimônio. Vender a casa ou o apartamento, o carro, os eletrodomésticos, móveis, quadros, objetos de decoração, as joias, enfim, tudo que você não consegue sair carregando por aí. Quanto você arrecadaria com isso?
Pronto, essas duas contas comprovam que você estaria em condições financeiras para iniciar a vida de nômade digital. Teria uma certa reserva de dinheiro, decorrente da venda do patrimônio e de uma eventual poupança, e estaria livre de uma série de contas mensais.
Quanto custa ser Nômade Digital?
Ok, mas há ainda outra questão fundamental: quanto eu preciso ganhar todo mês para viver como nômade digital e como vou obter essa renda sem um emprego convencional?
Comecemos pelo “quanto”.
Com planejamento, o valor necessário para se lançar ao nomadismo pode ser menor do que você gasta com uma vida fixa no Brasil.
Vejamos o exemplo de Patrícia Figueira e Vinícius Teles, que formam o Casal Partiu, pioneiro do nomadismo digital no Brasil. Em dez anos, eles já viveram em mais de 70 países.
Vinícius e Patrícia estabeleceram R$ 6 mil como limite do orçamento mensal que têm à disposição. Escolheram esse valor porque era o que gastavam quando decidiram deixar Niterói (RJ) para percorrer o mundo.
Negociar sempre
O valor é dividido, meio a meio, entre hospedagem e os demais gastos. Assim, eles sabem que precisam ficar em imóveis que custem, no máximo, R$ 3 mil por mês, incluindo todas as despesas relacionadas à estadia – condomínio, gás, energia elétrica, água, manutenção de eletrodomésticos etc.
O casal utiliza a plataforma de aluguéis Airbnb para encontrar imóveis dentro do que o orçamento permite.
Vinícius e Patrícia sempre abrem negociação com os proprietários e conseguem descontos que chegam a 50%, ou até passam desse patamar.
É uma negociação facilitada pelo fato de que o tempo de permanência do casal em cada país costuma ser, em média, de três meses – limite padrão do visto de turismo. Em alguns países, pode chegar a um ano.
Para os proprietários, a perspectiva de ter alguém por um longo prazo é atraente e justifica bons descontos. Ainda mais agora, que o Casal Partiu já passou pelos destinos com perfil mais turístico e está percorrendo países menos óbvios, com menor demanda pelos imóveis.
Menos consumo
No planejamento do Casal Partiu, os outros R$ 3 mil devem ser suficientes para todas as demais despesas, incluindo as passagens.
Patrícia e Vinícius estão sempre em busca de boas oportunidades de voos. Assim, o casal vive em constante planejamento da sequência da viagem iniciada há mais de uma década.
“Pode acreditar que o nosso orçamento é suficiente para uma vida confortável e realizadora. Quando a gente viaja pelo mundo, as experiências valem muito mais do que o consumo”, diz Patrícia.
Ao contrário do que ocorre com turistas convencionais, os nômades digitais não precisam ir o tempo todo a restaurantes, um gasto considerável das viagens de férias. Eles aprendem a explorar a cidade para desfrutar de alternativas baratas ou gratuitas de cultura e lazer. Podem ter uma vida extremamente interessante, com orçamento controlado.
Os nômades digitais se livram, também, da cultura de ostentação que existe no Brasil. Roupas caras, celulares do último modelo, carros luxuosos e joias deixam de ser essenciais para impressionar e assegurar um lugar na sociedade.
Para manter esse estilo de vida insatisfatório, as pessoas acabam consumindo muito mais que o necessário.
“No exterior, vivendo de um trabalho online, você pode usar roupas simples e repetir as mesmas roupas. Ninguém está ligando”, observa Vinícius.
Custo Brasil
Ter R$ 3 mil para viver durante um mês pode parecer pouco para os brasileiros porque vivemos influenciados por uma referência deturpada, o Custo Brasil.
Quem vive no país é obrigado a pagar duplamente por uma série de serviços.
Temos impostos embutidos em tudo o que compramos, mas o retorno é insatisfatório. Precisamos pagar de novo para ter mais qualidade em saúde e em educação.
Há também um aumento nos custos por conta da violência.
Condomínios são transformados em verdadeiras fortalezas, com amplas estruturas de lazer que buscam compensar a dificuldade de acesso a lugares públicos seguros.
No Brasil, é frequente a taxa de condomínio passar de R$ 1.000 por mês.
Para efeito de comparação: em Sófia, capital da Bulgária, o Casal Partiu pagou, como taxa mensal de condomínio, apenas 5 euros, valor equivalente a R$ 30.
Outra necessidade do Brasil é ter carro. No exterior, os sistemas de transporte público são, em geral, muitos mais seguros e eficientes. Pode-se recorrer também ao Uber e outros serviços semelhantes.
Educação e saúde
E quem tem filhos, pode virar nômade digital?
Sim, é claro! O planejamento precisa ser um pouco mais detalhado e cuidadoso, mas é perfeitamente possível se lançar ao nomadismo com crianças e adolescentes.
O home schooling, prática em que o ensino fica sob a responsabilidade dos próprios responsáveis, é comum em várias partes do mundo. Há cursos e amplo material de apoio, com custos que chegam a ser dez vezes menores que os das mensalidades em escolas privadas no Brasil.
E os cuidados com a saúde, como ficam?
O seguro-viagem cobre eventuais acidentes e outros problemas. “Além do mais, os sistemas públicos dos outros países costumam ser muito melhores que os do Brasil”, compara Vinícius.
O valor altíssimo que deixa de ser pago por um plano de saúde no Brasil pode ser convertido numa poupança para emergências de saúde.
Dê o primeiro passo para ser um Nômade Digital!
A esta altura, você provavelmente já se convenceu de que, sim, é possível viver viajando pelo mundo gastando menos do que morando numa grande cidade brasileira.
O segredo é definir um plano e iniciar o quanto antes os passos da transição para uma atividade profissional que possa ser realizada à distância.
O mundo digital oferece uma infinidade de possibilidades. Você pode aproveitar a bagagem profissional que já carrega para encontrar esse caminho.
Que tal pegar um atalho recebendo orientação de quem já passou por tudo isso e sabe como fazer?
Hoje, o Casal Partiu se dedica integralmente à missão de ajudar outras pessoas a realizar o sonho do nomadismo digital.
Eles criaram o livro “Nômade Digital – Trabalhe de qualquer lugar e viaje o quanto quiser” para dar clareza sobre os passos necessários de um plano de transição, inclusive a percepção da atividade online que pode ser desenvolvida.
O livro Nômade Digital traz a experiência de 44 nômades digitais brasileiros, assim como um guia completo mostrando o “como faz” de todos os aspectos deste estilo de vida.
Quem já leu, foi transformado pela experiência, com plena convicção de que o projeto de virar nômade digital pode se tornar realidade.
Se você sonha em se tornar nômade digital e quer dar os primeiros passos, conheça o livro Nômade Digital clicando aqui